Deus, Idéias de Deus e Divindade

A evolução da percepção do ser humano a cerca do Cosmo e de si

Trago aqui uma palestra magnífica, que ajuda a quebrar quase que imediatamente tabus mentais e idéias opressõras sobre nossa própria divindade, trazendo um olhar reflexivo e muito esclarescedor sobre a construção de nossas idéias ao longo de nossa elaboração, que juntamente com os outros conhecimento que trazemos pode abrir os horizontes e amplificá-los.

(ps: entre parentes adendo para reflexão)

……trecho de palestra com Bernardo Gregório:

“…. então eu deixei alguns exemplos para mostrar que as idéias de Deus e ou Deuses, vai desde a natureza pura e simples, até a natureza personificada, essas forças personificadas em mitos e histórias mais ou menos rebuscadas, politeístas, um monoteísmo em que você tem um Deus abstrato, que pode ser mais ou menos abstrato. Por exemplo, o Deus cristão é bem menos material concreto, do que o Deus judaico. O deus judaico por ser mais antigo, ele tem muitas regras, tem muitas coisas a serem seguidas bem materiais e concretas. O Deus Cristão é mais abstrato, assim como o islâmico também e você chega, então a um Deus que nem figura humana tem. Que seria a idéia do Budismo ou o taoísmo. Né bem abstrato.

Por detrás de tudo isso em comum, você tem então a Idéia do Dvino.

O Carl Gustav Young, vai chamar então o arquétipo desta idéia de Deus, e não Deus propriamente dito. E ele vai usar um termo em latim que se chama Imago Dei, a imagem de Deus.

detalhe quadro de Michelangelo – A Criação de Adão

Essa imagem de Deus nós temos colocado o mais profundo no nosso inconsciente e seria o arquétipo mais importante que tem. A partir disso todo o resto se organiza. (por isso a crença religiosa é sempre sitada a ser das primeiras a serem modificadas, para um crescimento realmente potente).

A idéia de algo Divino exista em mim e no Universo. No Universo, porque ele só existe porque há uma força organizadora, e em mim porque eu sou o microcosmos, que repete o macrocosmos externo.

Então, se há uma identidade, entre mim e Universo, e o Universo tem uma força Divina organizadora, eu devo ter em mim uma força organizadora. E isso é o Espírito.

Então quando a gente fala de espírito, quando a gente fala de espiritualidade, a gente ultrapassou toda essa barreira mitológica, que vai desde coisas mais concretas aos mais abstratos, e está além disso. Então falar de espiritualidade, é muito diferente de falar de religião. Pelo menos do meu ponto de vista e ponto de vista Yunguiano.

representação do equilíbrio das polaridades opostas, yin/yang

Você tá falando de Mago Dei, você tá falando do que o Yung chama de Self, ou si mesmo. Esse Self ou si mesmo é essa mente Divina que trago em mim. É o tal do Espírito.

Então não é Espírito, no sentido de uma entidade que encarna lá num ritual qualquer, não é espírito de humanos desencarnados, não é espírito da natureza ritualistica. É Espírito absolutamente, abstrato, transcendente e Universal.

Isso é a idéia de Mago Dei. E daí você tem milhares de leituras que são as religiões.

[…] São formas diferentes de ver a mesma coisa e você pode usar metáforas diferentes para tentar atingir essa espiritualidade……

Símbolos e Representações

fantasia anscestralidade

Do ponto de vista Yunguiano, todo o inconsciente funciona de uma maneira simbólica. Diferente da nossa mente consciente, que é racional e lógica, tende a ser racional e lógica, mesmo que existam vários tipos de lógica.

O Inconsciente ele se baseia no raciocínio simbólico. Esse raciocínio simbólico, é históricamente muito mais antigo, do que a razão. Então a gente vai voltar de novo lá na pré-história, e tal, em que mal, uma linguagem existia. Então você não tinha uma linguagem estruturada, e o símbolo era uma forma muito mais simples, de você fazer uma primeira comunicação. Então todo o nosso inconsciente se estruturou dessa forma.

Em muitas tradições, muito conhecida também nas celtas, a floresta é o santuário em estado natural, limpo e isento da “sujeira no ser humano”. A divindade em seu estado natural perfeito. Floresta é referência sinônimo de santuário. “Só atravessa a floresta o herói que ousar enfrentar os seus medos. No final da travessia, encontrar-se-ão o tesouro escondido, a Bela Adormecida, o elixir da imortalidade, o Graal.” – blog
UNICÓRNIO – Bondade, sorte, liberdade, cura, alquímia, elevação, magia. Ser com poderes mágicos, purificadores, regenerativos, alquímicos, curativos, encantados, milagrosos.

Então, ás vezes, as pessoas dizem: “o inconsciente usa metáforas”. O Inconsciente não usa metáforas no sentido de deliberadamente fazer uma metáfora. Ele funciona de uma maneira simbólica. Né? A gente é que conscientemente com o passar do tempo, desenvolveu, uma consciência lógica e racional, sem perder esse nível mais profundo que é simbólico.

árvore integrar-se fractal espelhamento – alinhar desejo, pensamento, sentimento, crença, ética e comportamento – integrar dentro de si – abandono das interpretações que mantém a dualidade e demonizam a vida.

O que o Yung dizia é, a nossa mente consciente é como uma luz muito forte, mas se essa luz de alguma forma diminui, você consegue perceber, que tem uma outra mente funcionando, como num filme de cinema que está sendo projetado. Quando ele está sendo projetado em uma sala escura, você vê claramente a imagem do filme. Se tem uma luz forte, você já não identifica direito. Então, quando por exemplo, quando a gente dorme, esse filme do inconsciente se torna mais claro, que são os sonhos.

Se você consegue, mesmo acordado diminuir essa luz, mesmo consciente, você percebe num nível mais profundo, num, sonho, como se a gente estivesse constantemente, sonhando, só que não percebe.

Então você tem um nível simbólico da sua mente funcionando 100% do tempo. Quando dorme e quando está acordado. Então, a mente, se você pensar que o inconsciente é a maior parte da nossa mente, infinitamente maior do que o consciente a mente é simbólica.

Conhecimento – complexidade simbológica – capacidade de discernimento – o mito manifesto com escolha consciente…..

(Por isso entender o simbolismo nas coisas e ganhar complexidade abstrata, é muito importante para melhor expressão e autodominio no indivíduo).

Então a gente tem que privilegiar muito, essa comunicação simbólica. Que as vezes é muito mais importante e mais profundo do que a racional e lógica, né, verbal, cognitiva.

(E é importante entender que o simbolismo não deve ser deliberadamente julgado ao literal, mas um aprofundamento investigativo, considerando desde as qualidades/características/significâncias coletivas até a do indivíduo que o vislumbrou) são importantes, para compreender o que seu inconsciente está trazendo para o seu consciente).

Então o símbolo, ele é a moeda de troca dessa mente, e é a forma como essa mente funciona, e ele é sintético. Você tem que imaginar que do grego, sin, é quando você junta coisas, síntese, né, análise e síntese. Então “sim-bólico”, é quando você une os opostos num único símbolo e “dia-bólico” é quando você separa os opostos. (Jung observou a questão de inconsciente executar os simbolos para harmonizar a psiqué – equilibrar, polaridades, positivo e negativo (não no sentido de mau, mas em questão polarazação…)

Então o simbólico é sintético, inclusive, unindo os opostos. Então você tende a retomar um estado primordial em que os opostos são idênticos (unido várias áreas da ciência, é entender os princípios naturais da natureza e sair da demonização das coisas).

Então seria luz e sombra (consciência e ego), masculino e feminino, Divino e Humano. Para um símbolo, você junta tudo isso numa única imagem numa única gestalt.

[…]Então você vê nos sonhos, nas religiões….. observa as imagens e começa a identificar olha ali adeusa da terra, ali o sol, ou o Mago Dei……. […]

Então fazer uma leitura simbólica da vida, a e uma dimensã totalmente diferente, você sai ttalente de uma leitura racional, consciente cognitiva, e aprofunda muitíssimo, e começa a perceber coisas, que ates você não conseguia ver ali.

E ai você fala, ha tá, então você reconhecendo o símbolo, o símbolo atua sobre você?

O símbolo atua mais quando você não o reconhece, como por exemplo em publicidade. Por exemplo, quando faz uma propaganda na televisão, você deliberadamente usa determinados símbolos, e se a pessoa não reconhece, aquilo entra direto no inconsciente e acaba induzindo a pessoa.

(Aqui acrescento a atenção nessa observância, a sugestão negativa que recebemos no cotidiano ou de alguém ou alguma ideologia que nos tentam incutir vem da mesma maneira, e se considerarmos o campo eletromagnético, temos então magia negra, quando alguém projeta um símbolo negativo e autodestrutivo sobre quem quer prejudicar, e magia branca e ou cura, quando alguém projeta um simbolo positivo, de auto domínio e saúde sobre si e ou sobre o outro. Símbolos sonoros, falados, mitológicos, imagéticos etc..)

Se você conscientemente reconhece tem um efeito amenizado. Mas continua tendo.

(E ou você pode direcionar algum efeito com a mente consciente, é o poder da sugestão, da autosugestão, a PNL – programação neurolinguística, faz basicamente isso, por meio de símbolos evocados gramaticalmente).

O único jeito de não ser influênciado pelo símbolo é não vê-lo, não entrar em contato com ele. A partir do momento que você entra em contato você é influênciado por ele. Se você tem consciência, você consegue lidar com isso. Se você não tem consciência, aquilo entra de uma forma inconsciente muito profundo e transforma a forma de pensar querendo ou não. (Então é melhor ter mais autoconsciência, para selecionar os melhores símbolos e saber melhor administrar o sistema interno).

Conhecimento
e autoconhecimento

[…] o estudo deliberado sobre os símbolos você na alquimia, por exemplo, a alquimia estuda isso…e desses símbolos alquímicos, se você pensar, por exemplo, lá na Alexandria, […] então você tem Alexandria, como um gade polo desconhecimento, em eles juntaram a tradição egípcia, a tradição indiana, porque o comércio com a índia era grande, e eles tem uma influência cultural grande da índia, a tradição grega, porque veio da conquista macedônica e a tradição do Oriente Médio.. enta você tem um caldeirão efervescente de toda essa cultura, a base da nossa cultura atual, e você tem o aparecimento de uma coisa que se chama, gnose de Alexandria. A Gnose de Alexandria, ela trabalha com essas idéias e dá origem a idéia da alquimia, com a tábua de esmeraldas, de Hermes Trismegisto, e das várias religiões, que foram colocadas de escanteio, porque houve, depois um confronto dessa gnose, porque também ouve depois uma influência cristã. Então você tem um cristianismo gnóstico também em um segundo momento. E houve um confronto do cristianismo gnóstico, com o cristianismo de Roma. Que seria o católico.

Hermes – O que está em cima é como o que está em baixo

Chamado de Hermes Trimegisto por gregos e Thot pelos egípcios.

Tábua de esmeraldas – tida como complexo e profundo registro para compreensão de nós mesmos e do universo, escrito com genial capacidade de síntese e profunda relexão. Diz-se ter sido escrito sobre uma tábua de esmeralda produzida de forma alquimica, criando um elemento isento a ação do tempo, onde suas moléculas não sofrem modificações e ou deteriorizações ao longo do tempo. E trata da alquimia consciencial e compreeção mais profunda de si mesmo.

Então houve uma época que esses livros, principalmente os gnósticos cristão eles eram queimados, destruídos e o pouco que a gente tem hoje, foi guardado por certas sociedades secretas, ou como eles dizem, discretas, que mantiveram esse conhecimento por milêncios, e o que a gente tem mais objetivo, são alguns textos que foram encontrados, escondidos lá, numa região remota do Egito, que se chama biblioteca de Nag Hammadi,

(Um pastor de animais, achou uns potes onde esses papéis estavam e usou alguns para fazer fogueira e outros levou para cidade para vender, acaso tivessem algum valor de relíquia e assim foram descoberto- o homem mal sabia a jóia que usou pra fazer fogueira).

Então você tem lá, evangélios apócrifos, que não foram aceitos, pela igreja católica, foram na verdade considerados proibídos. E aos poucos estes textos estão sendo reconstruídos e traduzidos, porque alguns estão em grego copta, outros estão em aramaico, então eles vão fazendo esse processo e aos pouco vão sendo editados. Então você tem o evangélio de maria madalena, […] que tem então uma visão feminina, matriarcal, totalmente diferente do que a gente considera hoje cristão, uma visão cristã matriarcal, bem interessante. Tem o evangélio de Judas, […] e vão aparecendo vários evangélios, então vira e mexe, tem ai uma informação que vai ser lançado um novo evangélio, não é que é novo, é que vão aparecendo textos e documentos, e estes vão mudando o que se sabe das coisas…

Aos poucos a gene vai então, resgatando essa tradição gnóstica e alquímica, que é chamada de esotérica. Esotérica com “s” que seria uma tradição oculta. A tradição revelada é a tradição cristã romana que é exotérica com “x”, exposta. E a esotérica “s”, que é oculta.

[…] o próprio Yung conhecia tudo isso….”

E Berdardo ainda sita muito mais…… Melhor conhecer nosso desenvolvimento, evitando ser mão de manobra na mão de mal intento… já que a proposta do site e do canal é cura, crescimento e autodomínio.

VIDEO NA ÍNTEGRA

Entre o Céu e a Terra – Bernardo Gregório

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